segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Substituindo ou auxiliando, computadores se aproximam dos humanos

Computador que vence humanos em programa de TV mostra os avanços da inteligência artificial


O computador Watson, da IBM, vence concorrentes humanos no programa de TV americano Jeopardy

No despontar da era da computação moderna, dois laboratórios financiados pelo Pentágono atuavam na Universidade de Stanford. Em um laboratório, um pequeno grupo de cientistas e engenheiros trabalhava para substituir a mente humana, enquanto em outro, um grupo similar trabalhava para amplificá-la.
Em 1963, o matemático e cientista da computação John McCarthy fundou o Laboratório de Inteligência Artificial de Stanford. Os pesquisadores acreditavam que levariam apenas uma década para criar uma máquina de pensar.
Naquele mesmo ano, o cientista da computação Douglas Engelbart formou o que se tornaria o Centro de Pesquisa de Amplificação, para buscar um objetivo radicalmente diferente – projetar um sistema de computação para aumentar por conta própria a inteligência humana de pequenos grupos de cientistas e engenheiros.
Pelas últimas quatro décadas, essa tensão básica entre a inteligência artificial e a amplificação da inteligência – IA contra AI – esteve no centro dos progressos da ciência da computação, enquanto o campo produzia a série de tecnologias cada vez mais potentes que estão transformando o mundo.
Hoje, com as mudanças tecnológicas se acelerando progressivamente, fica cada vez mais possível projetar sistemas para aprimorar a experiência humana – ou, num número crescente de casos, dispensá-la completamente. As implicações do progresso na IA estão em foco com a transmissão de uma disputa, colocando um sistema computacional da IBM, chamado Watson, contra os dois melhores jogadores de “Jeopardy” (programa de perguntas e respostas muito popular nos EUA), Ken Jennings e Brad Rutter.
Watson é uma iniciativa de pesquisadores da IBM em aprimorar um grupo de técnicas usadas no processamento de linguagem humana. Ele oferece sólidas evidências de os sistemas de computação não mais ficarão limitados a responder comandos simples. As máquinas serão cada vez melhores em discernir jargões, nuances e até mesmo charadas. Ao atacar o desafio da ambiguidade na linguagem humana, a ciência da computação está se aproximando do que os pesquisadores chamam de “problema Paris Hilton” – a habilidade, por exemplo, de determinar se uma consulta está sendo feita por alguém realmente interessado em reservar um hotel na França, ou alguém apenas navegando e passando o tempo na internet.
Se, conforme a previsão de muitos, o Watson derrotar seus oponentes humanos na quarta-feira, as consequências filosóficas desse feito serão enormes.
Além disso, a demonstração da IBM também sugere profundas mudanças sociológicas e econômicas.
Economistas costumam argumentar que, embora novas formas de automação possam desalojar trabalhadores no curto prazo, em períodos mais longos o crescimento econômico e a criação de empregos continuaram à frente de qualquer tecnologia. Por exemplo, no último século e meio, a mudança dos EUA de uma sociedade basicamente agrária para outra onde menos de 1 por cento da mão de obra está na agricultura é comumente citada como prova da capacidade da economia para se reinventar.
Isso, porém, foi antes de as máquinas começarem a “entender” a linguagem humana. O rápido progresso no processamento da linguagem está começando a gerar uma nova onda de automação – que promete transformar áreas da economia intocadas, até hoje, pelas mudanças tecnológicas.
“Como programadores de ferramentas, produtos e tecnologias, devemos pensar mais nessas questões”, disse Pattie Maes, cientista da computação do Laboratório de Mídias do MIT. Os programadores não enfrentam apenas questões éticas, diz ela; conforme as máquinas simulam mais habilidades que antes eram exclusivas dos humanos, seus programadores se deparam com o desafio de repensar o que significa ser um humano.
Executivos da IBM disseram que pretendem comercializar o Watson para proporcionar uma nova classe de sistemas de perguntas e respostas nos negócios, na educação e na medicina. As repercussões dessa tecnologia são desconhecidas, mas é possível antever, por exemplo, sistemas que substituirão não só especialistas humanos, mas centenas de milhares de empregos com altos salários por toda a economia e em todo o mundo.
Praticamente qualquer emprego que envolva responder a perguntas e conduzir transações comerciais por telefone logo estará em risco. É só lembrar a rapidez com que os caixas eletrônicos de bancos substituíram os funcionários humanos, para se ter uma ideia do que poderia acontecer.
Seguramente, qualquer um que tenha passado algum tempo na espera telefônica do suporte técnico para alterar uma passagem aérea deve saudar essa mudança.
Porém, existe também um crescente desconforto com os avanços no entendimento da linguagem natural em sistemas como o Watson. Por mais rápida que seja a proliferação dos sistemas baseados em IA, há exemplos igualmente convincentes do poder da AI – sistemas que estendem a capacidade da mente humana.
O próprio Google talvez seja o exemplo mais significativo do uso do software para explorar a inteligência coletiva dos humanos e, em seguida, disponibilizar tudo gratuitamente na forma de uma biblioteca digital. O mecanismos de busca foi originalmente baseado num algoritmo de software chamado PageRank, que explorava as escolhas humanas ao indicar páginas da web que continham respostas a uma pergunta digitada, e então classificava rapidamente os resultados por nível de relevância.
A internet é amplamente usada para aplicações que empregam uma série de capacidades humanas. Por exemplo, experimentos com jogos online criados para dominar a habilidade humana em reconhecer padrões – que ainda ultrapassa facilmente o que é possível por computadores – estão gerando um novo conjunto de ferramentas científicas. Jogos como FoldIt, EteRNA e Galaxy Zoo permitem que indivíduos compitam e colaborem em campos como astronomia, biologia, medicina e, possivelmente, até mesmo a ciência material.
A computação pessoal foi o primeiro passo para a amplificação da inteligência que atingiu um público amplo. Ela criou uma geração de “trabalhadores da informação”, e os equipou com um conjunto de ferramentas para coletar, produzir e compartilhar informações. Agora existe uma qualidade cibernética nas mudanças em andamento, conforme a computação pessoal evoluiu do desktop para o laptop – e hoje para os smartphones, que da noite para o dia se tornaram onipresentes.
O smartphone não é somente uma ferramenta de navegação e comunicação. Ele rapidamente se tornou uma extensão quase contínua de nossos sentidos. Mais que apenas uma ferramenta de referência, ele está rapidamente evoluindo para ser um “concierge da informação” – que pode responder a consultas faladas ou digitadas, ou simplesmente oferecer conselhos.
Avanços adicionais na IA e AI devem confrontar progressivamente os engenheiros e cientistas da computação com escolhas claras sobre qual tecnologia é usada. “É preciso haver um contrato social explícito entre os engenheiros e a sociedade, para criar não apenas empregos, mas empregos melhores”, disse Jaron Lanier, cientista da computação e autor de “You are not a Gadget: a Manifesto” (Você não é um equipamento: um manifesto, em tradução livre). As consequências das decisões humanas de programação podem ser vistas nos sistemas concorrentes de notícias online, desenvolvidos aqui no Vale do Silício.
Diariamente, Katherine Ho se senta num computador e observa quais artigos de notícias estão sendo lidos por milhões de usuários do Yahoo.
Seu monitor exibe os resultados de um grupo de softwares, fornecendo atualizações quase instantâneas sobre a exata popularidade de cada artigo na página inicial da empresa, com base nos gostos e interesses dos leitores.
Ho é a versão para o século XXI do editor de um jornal tradicional. Em vez do palpite e do instinto, suas decisões sobre quais artigos publicar na home do Yahoo se baseiam nas dicas geradas pelos algoritmos do software.
Ao longo do dia ela reordena constantemente as matérias, que são exibidas às dezenas de subgrupos demográficos que perfazem o público leitor do Yahoo. Um artigo que não está atraindo muito interesse pode durar apenas alguns minutos no ar, antes de ser eletronicamente retirado. Artigos populares permanecem online por dias, e chegam a atrair dezenas de milhões de leitores.
A apenas oito quilômetros dali, em seu rival Google, as notícias são produzidas de uma forma totalmente distinta. O “spotlight”, um popular recurso no novo site do Google, é gerenciado inteiramente por um software que realiza basicamente as mesmas funções de Ho.
O software do Google vagueia pela web, procurando por artigos considerados interessantes, usando um processo similar ao sistema de classificação de resultados do PageRank para decidir quais artigos apresentar aos leitores.
Em um dos casos, a tecnologia do software está sendo usada para amplificar as habilidades de uma funcionária humana; no outro, a tecnologia a substitui completamente.
Decisões similares de programação, sobre como as máquinas são usadas e se elas irão aprimorar ou substituir as qualidades humanas, estão sendo conduzidas numa profusão de maneiras; o real valor do Watson pode estar, eventualmente, em forçar a sociedade a refletir sobre onde deve ser traçada a linha entre máquinas e seres humanos.
E na verdade, para o cientista da computação John Seely Brown, as máquinas que respondem perguntas servem apenas para enaltecer o que permanece fundamentalmente humano.
“A essência do ser humano envolve fazer as perguntas, e não respondê-las”, afirmou ele.


domingo, 27 de fevereiro de 2011

O PAPEL DAS TICS NA EDUCAÇÃO


A mídia trabalha ditando as regras, como a sociedade deve viver, agir, se comportar e consumir. Ela atua na formação humana, como educadora. Cabe ao professor mediar os alunos a desenvolverem o pensamento autônomo e crítico diante de tantas informações que temos, desenvolvendo assim cidadãos donos de si, críticos, criativos ao invés de uma sociedade alienada.
Será que somos realmente livres? Será que gostamos realmente de determinado prato? Refrigerante? Revista? Programa de televisão? Ou será que estamos sendo manipulados como fantoches? A alienação ocorre porque muitas vezes não temos o pensamento crítico e a curiosidade de investigar os fatos que ocorrem a nossa volta. É muito mais simples, rápido e fácil aceitarmos o que nos é dado sem ao menos perguntarmos o por quê. A mídia tem contribuído para a desumanização das relações sociais, causando o isolamento das pessoas. Segundo Libâneo (2007, p,100):


A tecnologia da informação provoca um fenômeno sumamente segregador para a população de baixa renda, com baixa escolarização, com baixissima capacidade crítica frente à avalanche informativa vinda especialmente pela televisão. Número grande de trabalhadores apenas vê televisão e só recebe imagens pré fabricadas. Na classe média, adultos e adolescentes utilizam as mídias, computadores, internet, etc., mas têm em relação a elas uma atitude eminentemente passiva, com baixa capacidade de leitura crítica da informação recebida. Ou seja, a revolução tecnológica atinge a todos, mas de modo diferente. As mesmas pessoas que estão a margem da economia, também estão a margem das tecnologias.


É através da informação que temos acesso ao conhecimento. Para tanto faz-se necessário que esta seja trabalhada, interpretada e analisada. O papel do professor é de fundamental importância na mediação do aluno com os meios de comunicação e informação, auxiliando as pessoas a terem o pensamento autônomo, crítico, tendo consciência do mundo a sua volta, compreendendo a realidade e atuando sobre ela. É possível pensar que a escola convencional poderia perder o seu espaço para os diversos meios de comunicação. Conforme Libâneo (2007, p. 104) “são necessários os professores. A tecnologização do ensino cria a crença de que o computador e outras mídias podem substituir a relação pedagógica convencional”.

É preciso que se tenha na formação inicial e continuada do professor disciplinas que instigam a reflexão crítica do mundo. Desta forma, não haveria tanta resistência por parte dos professores em relação a inclusão das tecnologias da informação e comunicação no ensino-aprendizagem.

De um lado temos um paradigma tecnicista onde o aluno é condicionado a não questionar,a não ter um pensamento crítico somente aceitar o que lhe imposto, tendo ações e pensamentos mecânicos e repetitivos. Já no paradigma histórico-cultural o professor desperta no aluno o interesse, a busca pelo conhecimento desenvolvendo o pensamento autônomo, crítico, criativo, levando ao desenvolvimento cognitivo sócio-cultural e institucional. Libâneo (2007, p,104) “afirma que as habilidades cognitivas não seriam ações mecânicas, repetitivas, mas mediadoras do processo de aprender”. 

  
Grupo: Aline, Ednamar, Kelen e Wendel.

Artigo sobre TICs e Formação de Professores

TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO
E FORMAÇÃO DE PROFESSORES: SOBRE REDE E ESCOLAS


CLIQUE AQUI para fazer o download do artigo

KATIA MOROSOV ALONSO*

RESUMO: A temática das tecnologias da informação e comunicação (TIC), aliada à formação dos professores, suscita reflexões sobre a natureza do trabalho pedagógico, com base nas mediações técnicas e no desenvolvimento do processo formativo dos profissionais da educação nesse contexto. De fato, o uso de recursos tecnológicos sofisticados não tem assegurado transformações nas práticas pedagógicas nas escolas. O objetivo deste artigo se centra na análise desse fator, considerando que a lógica estabelecida pelas TIC implica trabalho em rede, lógica muito diferente do realizado nas e pelas escolas atualmente. É na fronteira dessas lógicas que são observados espaços que poderiam apoiar menos reducionismos no entendimento sobre TIC e formação docente.

Palavras-chave: Tecnologias da informação e comunicação. Formação
de professores. Trabalho do docente.

Tecnologias da informação e comunicação e formação de professores: sobre rede e escolas. Educ. Soc., Out 2008, vol.29, no.104, p.747-768. ISSN 0101-7330

Artigo retirado do SciELO Brasil ( A Scientific Electronic Library Online - SciELO é uma biblioteca eletrônica que abrange uma coleção selecionada de periódicos científicos brasileiros).

sábado, 26 de fevereiro de 2011

Os desafios das TICs na educação

As tecnologias da informação e comunicação vêm promovendo grandes mudanças no campo educacional e cada vez mais, desafios e possibilidades são apresentados aos professores. 

Entrar no mundo da informação significa aceitar os desafios dos novos tempos e ter o espírito aberto para novos conceitos e novos modos de encarar o mundo. 

Vale anotar que as TICs são meios poderosos que contribuem na procura de sucesso educativo, não podendo ser encaradas como o remédio para todos os males da educação. Ademais, as práticas pedagógicas que caracterizam o descompasso entre a educação e a atual sociedade globalizada necessitam de uma urgente reflexão. 

Vale anotar que torna-se desafiadora a busca da superação das práticas pedagógicas autoritárias e conservadoras, que se preocupam em vencer os conteúdos, em manter a disciplina baseada no silêncio em sala de aula, mantendo o pensamento acrítico e ingênuo na transmissão dos conteúdos, e as metodologias reprodutivas. 

É imperioso que se busque a superação de antigos paradigmas, que permearam a educação durante um longo período. Para tanto, precisamos entender o conceito de paradigmas para compreender a sua relação com o ensino. 

Desse modo, entendemos que, paradigma refere-se a modelo, padrões, crenças e valores compartilhados que permitem a explicação de certos aspectos da realidade, partilhados pelos membros de uma comunidade científica.

O paradigma tecnicista, inspira-se nos princípios de racionalidade, eficiência, produtividade, considerando que não é o professor nem o aluno, mas a organização racional dos meios. O planejamento e o controle asseguram a produtividade do processo.

Por sua vez, o paradigma histórico-cultural, é caracterizada por educandos e educadores inter-relacionados, interdependentes em suas atividades, ambos com a função de refletir, defender suas idéias, construir, criticar, produzir e projetar sua existência.

Não se pode perder de vista que o paradigma tecnicista e o histórico-cultural, não se sucedem linearmente entre si. Inclusive, coexistem e se interpenetram, criando novos referenciais e influenciando novos comportamentos e posturas.
Oportuno se torna dizer que tanto no paradigma tecnicista, como no histórico-cultural, as TICs são importantes para o processo de aprendizagem, contudo quem detém a informação acaba detendo o poder de manobra, conforme descreve o ilustre professor José Carlos Libâneo: "Quem domina as mídias acaba por dominar as cabeças as emoções, os sentimentos, as decisões das pessoas, como pode ser ser sentido por cada um de nós na televisão, nas campanhas políticas, na propaganda. A opinião pública acaba sendo fortemente modelada pela mídia." (Didática e Interface, organizado por Carlos Cardoso Silva e Marilza Vanessa Rosa Suanno, Capitulo V, 'As tecnologias da Comunicação e Informação e a Formação de Professores', pág. 97)

O grande desafio que os educadores vivenciam é superar esse modelo conservador, que consiste no ensino autoritário, mecânico e descontextualizado, em que professore aluno ficam restritos à reprodução do conhecimento. Portanto, em função disto, os professores precisam preparar-se para serem consumidores críticos das mídias e desses aparatos, e para ajudar os seus alunos a se relacionarem criticamente com elas.

Portanto, as TICs são importantes desde a formação de professores, para serem habilitados com as ferramentas tecnológicas, ou seja, estar preparados para trabalhar o seu conteúdo juntamente com as técnicas disponíveis. Esse caminhar tecnológico deve ser dado pelo educador para que junto com os alunos possam construir um novo saber com auxílio das tecnologias, comunicação e informação, cujo resultado almejado, seja alcançado com o conhecimento e com a transformação para atender as necessidades da sociedade atual.

Valmir, Carla e Simone

 

TICs - um bem durável

por Aparecida Soares; Mariene Monteiro; Rafael Meireles.


A sociedade industrial e tecnológica na qual vivemos tende a interpretar tudo como produto que pode ser descartável e não reciclável. Eis um dos fatores que prejudicam a qualidade da educação, pois o que se ensina é a reprodução de informações prontas para o consumo. Como herança do behaviorista, no processo educativo, vende-se o "como fazer" para que o mercado tenha quem o faça, garantindo assim a mão de obra que o capitalismo exige. Eis a educação tecnicista, a qual Libaneo atribui ao período militar - onde também houve uma resistência à tecnologia. Falando em tecnologia, temos em 2006, através de levantamento do IBGE, que "a rede pública municipal de ensino foi a que mais concentrou computadores em rede, visando a inclusão digital (61,8%)".

Em uma tentativa de democratizar a informática, cria-se conceitos de inclusão digital aplicados de modo a inserir as escolas nas novas tendências educacionais. Prática muitas vezes ilusória, pois a simples disponibilização do maquinário não soluciona o analfabetismo digital, e o que se oferece de "inclusão" é uma alternativa errônea do que pode ser as TICs. Segundo Libaneo "muitos entusiastas da internet [...] falam de uma democratização do acesso às informações. Em parte, isso realmente está acontecendo, mas são milhares de excluídos da rede, os sem-computador, os sem-internet".

Mas aqueles que detêm o recurso e sabem explorá-lo, podem conquistar novas vertentes didáticas, tal qual a Escola do Futuro da USP. A aplicação deste projeto está embasada no compromisso com a pesquisa, com a formulação de diferentes estratégias educacionais mediadas e midiatizadas pelas TIC, com “a formação de novas gerações de educadores que vejam na interface entre educação e comunicação um campo fértil para sua criatividade, discernimento e constante aperfeiçoamento [e com] o desenvolvimento de um modelo de parceria entre a universidade, a sociedade e diferentes agências e esferas de governo, todos comprometidos com o aperfeiçoamento da Educação no Brasil”.

Tem-se, neste cenário, a necessidade de um professor atualizado aos novos processos de difusão de informação e capaz de fazer uso destes recursos para agregar conhecimento significativo, tanto em sala de aula, quanto a distância. Para Rezende Fusari, citado por Libaneo, "'aprender a pensar e a praticar comunicações midiatizadas' como requisito das subjetividades e da cidadania", ou seja, educar os jovens para que possam dominar a linguagem midiática sem que sejam por ela dominados.


REFERÊNCIA

LIBÂNEO, J. C.. As Tecnologias da Comunicação e Informação e a Formação de Professores. In: SILVA, C. C.; SUANNO, M. V. R. (orgs.). Didática e Interfaces. Rio de Janeiro / Goiânia: Deescubra, 2007.

Os desafios das TIC´s na educação: o embate entre o paradigma tecnicista e o paradigma histórico cultural nas práticas docentes



O paradigma tecnicista faz do processo de ensinar e aprender uma questão fundamentalmente técnica e, portanto, uma questão interna à escola. O professor busca a Psicologia para adquirir conhecimento de como o indivíduo pensa, aprende, sente, se movimenta e amadurece e a partir desses conhecimentos psicológicos, organiza técnicas de ensino aprendizagem mais eficientes. (VEIGA-NETO, 1996)

O ensino tecnicista está agregado uma metodologia estática, com poucas interferências, não propiciando condições do aluno se tornar um formador de opinião, por outro lado, as técnicas quanto introduzidas de uma maneira inovadora, com vistas a curiosidade consegue alcançar o início da atividade cognitiva.

O ensino histórico-cultural é amplo e capaz de trazer uma abertura maior no processo ensino-aprendizagem, e terá um resultado mais satisfatório se agregar a técnica voltada a despertar a curiosidade, e não a técnica estática. O paradigma histórico-cultural quebra a monotonia técnica e amplia a forma de aprender.

Do ponto de vista pedagógico a questão principal do tema em tela é a relação entre a virtualidade e a educação, a tecnologia da comunicação e informação não pode de forma alguma ser ignorada, pois tem seu papel fundamental no contexto educacional.

O docente em relação aos novos recursos didático, participou da evolução destes, porém até que ponto os paradigmas tecnicistas inibiu o crescimento profissional deste indivíduo?

A globalização cultural não só universalizou gostos, hábitos, modelos de vida social, padronizou um estilo de vida, seja ele na formação intelectual, na conquista de novos conhecimentos, com isso corroborando na formação de sujeitos pensantes.

De acordo com Veiga-Neto (1996), a escola como máquina, compreendida pela lógica tecnicista, não é a produção isolada uma área do conhecimento, mas é o resultado de uma confluência de práticas discursivas e não discursivas, mudanças sociais, econômicas, políticas e culturais que configuram uma idéia de ordem, de disseminação do poder disciplinar, fazendo surgir um tipo específico de educação.

Ampliar conceitos e trazer inovações, buscando um equilíbrio entre o paradigma tecnicista e o paradigma histórico-cultural é um grande desafio. As tecnologias quando usadas para construir conhecimento, vem reestruturar idéias e contribuir na formação do ensino-aprendizagem. Necessário é a busca constante em interagir idéias através de pesquisa e metodologias novas que tenham o condão de agregar o conhecimento e alcançar o aprendizado.

O papel do professor como consumidor crítico das TIC´s na dinamização do processo de ensino aprendizagem.

O professor é o mediador no processo ensino-aprendizagem, e como tal se torna responsável em alcançar o seu objetivo maior, que é mediar o conhecimento e se tornar o ajudador do aluno.

Nessa busca, procura adequar tecnologias a seus métodos de ensino. O crescimento constante das tecnologias trazem um consumo cada vez maior, sendo necessário uma avaliação prévia do educador em escolher as tecnologias que realmente serão úteis a acrescentar conhecimento e despertar o interesse do educando em aprender.

REFERENCIAS

LIBÂNEO, José Carlos. As Tecnologias da Comunicação e Informação e a Formação de Professores. Didáticas e Interfaces, Rio de Janeiro, RJ. Ed. Desscubra, 2007.

VEIGA-NETO, Alfredo. A didática e as experiências de sala de aula: uma visão pósestruturalista. In: Educação & Realidade. Porto Alegre,1995.

Grupo:
Ana Rogéria de Oliveira
Cidinalva Gonçalves
Lígia Kaiser
Viviany Francisca P. Nunes

Os desafios das TICs na educação

As novas Tics representa o mundo da imagem, da representação técnica do real. Do ponto de vista pedagógico o papel da imagem no desenvolvimento do pensamento a fim de contribuir na formação de sujeito pensante, contudo, a mídia também traz vários riscos como a a abstração e desvalorização social.
É muito interessante o uso da tecnologia, porém, antes desse uso é preciso saber para que serve e como usufruir desse novo processo de ensino. Precisa de uma total reciclagem da escola como também do professor. O embate entre o paradigma tecnicista do aprender e fazer, aprender a comunicar e a usar amparando no professor como mediador de conhecimento, vendo o aluno num caminho de mão única, ensinando-o a pensar. O professor deve apresentar ao aluno o  mundo da tecnologia, da cultura e da linguagem para que ele mesmo possa desenvolver seu pensamento, habilidade e atitude. O paradigma histórico-cultural retrata uma falta da tecnologia em sala de aula,  um novo método de ensino que antes não era usado pelo professor, com essa brusca mudança em relação a educação e suas TICs o professor se viu deslocado em sua profissão, porém, na mente dos alunos essa inovação já está presente mesmo fora da sala da aula. De acordo com Lévy, a escola é considerada como "bela adormecida do bosque" aquela que demora a despertar para as tecnologias do séc.XX. Contudo leva-se a uma reflexão em que o professor deva se interagir com seu aluno por meio de uma máquina, vimos-nos então obrigados a um reaprendizado para uma nova metodologia de ensino. A máquina estimula as funções intelectuais do aluno tendo como mediador o professor. As novas tecnologias é muito importante, mas devemos ressaltar a diferença maior existente que é entre escola pública e escola privada, onde certamente a privada além de ter um acesso melhor, há também um professor mais preparado na área da informática onde ele poderá elaborar uma aula didaticamente  eficaz , capaz de prender a atenção do aluno, diferente claro da escola pública, que precisa ter acima de tudo o  interesse do governo.


 Andrielle

   Valéria

Os desafios das TICs na educação

 A sociedade mudou, a nova era da informação bate à porta e não pode ser ignorada. Os professores têm que mudar seus modelos de aula, os paradigmas das práticas docentes devem ser revistos. Os alunos não são como os de outrora, eles buscam divertimento, interatividade e informação a cada clique.
Com base em teorias científicas fundamentadas e em artigos científicos de publicação em rede mundial, Lima et al. (2010) afirmam que a Tecnologia deve ser usada como ferramenta pedagógica para a melhoria da qualidade no processo de ensino-aprendizagem.
Os professores precisam aprender a manusear essas tecnologias e ajudar os alunos a aprenderem como manipulá-las de uma forma que haja o aproveitamento máximo do conteúdo abordado. Os docentes devem usá-las para ensinar, devem saber utilizá-las de forma didática e não apenas para educar com a mesma técnica de antes.
Os docentes precisam reciclar seus conhecimentos sempre, só assim poderão ter a competência para escolher se querem ou não usá-las. O que não podemos aceitar é que se faça resistência a uma tecnologia, seja ela, de comunicação ou de informação, por insegurança ou falta de conhecimento. Os educadores precisam estar profissionalmente qualificados e, hoje, não se pode falar em qualificação sem assimilação das novas tecnologias.
Observando sempre que o professor é que deve utilizar das ferramentas e não o contrário.



Mara Lina
Ludmilla Rabelo
Ludmilla Cintra
Walma Rabelo

Os desafios das TICs na educação

As novas Tics representa o mundo da imagem, da representação técnica do real. Do ponto de vista pedagógico o papel da imagem no desenvolvimento do pensamento a fim de contribuir na formação de sujeito pensante, contudo, a mídia também traz vários riscos como a a abstração e desvalorização social.
É muito interessante o uso da tecnologia, porém, antes desse uso é preciso saber para que serve e como usufruir desse novo processo de ensino. Precisa de uma total reciclagem da escola como também do professor. O embate entre o paradigma tecnicista do aprender e fazer, aprender a comunicar e a usar amparando no professor como mediador de conhecimento, vendo o aluno num caminho de mão única, ensinando-o a pensar. O professor deve apresentar ao aluno o  mundo da tecnologia, da cultura e da linguagem para que ele mesmo possa desenvolver seu pensamento, habilidade e atitude. O paradigma histórico-cultural retrata uma falta da tecnologia em sala de aula,  um novo método de ensino que antes não era usado pelo professor, com essa brusca mudança em relação a educação e suas TICs o professor se viu deslocado em sua profissão, porém, na mente dos alunos essa inovação já está presente mesmo fora da sala da aula. De acordo com Lévy, a escola é considerada como "bela adormecida do bosque" aquela que demora a despertar para as tecnologias do séc.XX. Contudo leva-se a uma reflexão em que o professor deva se interagir com seu aluno por meio de uma máquina, vimos-nos então obrigados a um reaprendizado para uma nova metodologia de ensino. A máquina estimula as funções intelectuais do aluno tendo como mediador o professor. As novas tecnologias é muito importante, mas devemos ressaltar a diferença maior existente que é entre escola pública e escola privada, onde certamente a privada além de ter um acesso melhor, há também um professor mais preparado na área da informática onde ele poderá elaborar uma aula didaticamente  eficaz , capaz de prender a atenção do aluno, diferente claro da escola pública, que precisa ter acima de tudo o  interesse do governo.


 Andrielle

   Valéria

O papel do professor como consumidor crítico das TIC’s na dinamização do processo de ensino aprendizagem.

O papel do professor como consumidor crítico das TIC’s na dinamização do processo de ensino aprendizagem é desenvolvido em conjunção entre ambientes, presencial e virtual, ampliando a visão dos alunos com relação aos conteúdos programáticos e as grandes questões globais, causando o processo de ensino aprendizagem mais dinâmicos, critico, vibrante, desafiador e transformador de relações e posturas, tanto para o aluno quanto para o professor.
Através desse novo processo observa-se que seria impossível desprezar as novas tecnologias como uso de aulas audiovisuais e a ferramenta mais completa a internet.  As TIC’s oferecem benefícios pedagógicos, permitindo ao aluno através da virtualidade tornar visível um pensamento abstrato, desenvolvendo uma capacidade cognitiva mais abrangente.
Mas existem desvantagens no uso dessas novas tecnologias, como a inibição educativa de outros agentes de socialização, provocando um aumento do isolamento das pessoas que estão interagindo com o sistema virtual, mudando as relações professor-aluno e fragmentando o trabalho docente.
Elaborar um pensamento que tenha importância social e educativa filtrando as informações disponíveis pelas novas tecnologias, com o foco de permitir ao aluno o pensamento critico com o potencial de transformar informação em conhecimento.



Goiânia, 26 de Fevereiro de 2011
Alunos: Carla Coelho, Daniela Novaes, José Rocha e Fabiano Freitas.

Os desafios das TICs na educação: O paradigma das TICs x O paradigma histórico cultural no processo de aprendizagem


Os professores e as novas tecnologias, um desafio imposto pela globalização onde as escolas estão sofrendo profundas mudanças por causa dos avanços tecnológicos aliado ao crescimento da velocidade do fluxo de informações não somente no processo de ensino aprendizagem, mas também como um todo. Esse desafio revela gradativamente a necessidade e a dificuldade dos educadores em mudar seu papel como professor que se relaciona com os meios tecnológicos e diante dos novos alunos que se ingressam nas escolas já com todos esses conhecimentos errôneas adquiridos em um paradigma da virtualidade, colocando-se algumas questões básicas sobre o papel do professor diante dessas transformações e inovações. Contudo os professores se sentem pressionados a buscar esse novo conhecimento, que são as TICs como ferramentas mediadoras entre os aparatos e o ensino aprendizagem.
As transformações econômicas e políticas globais só foi possível devido à tecnologia da informação que conectou o mundo em uma rede global, com isso ouve o fortalecimento da política neoliberal que com sua força começou a padronizar o consumo e a cultura dos países dominantes.

Segundo Esteve, o desenvolvimento de fontes de informação alternativas, basicamente dos meios de comunicação de massas, obriga o professor a alterar o seu papel de transmissor de conhecimentos. Cada dia se torna necessário integrar esses meios de comunicação, aproveitando a sua enorme força de penetração. O professor que pretenda manter o seu antigo papel de “fonte única” de transmissão oral de conhecimento perde a batalha.
Mudar a concepção dos professores não é apenas mudar a tradição, mas mudar a sua forma de pensar e agir em relação às novas TICs. Cabe agora perguntar qual o papel do professor diante as inovações tecnológicas? Seria utilizar o conceito histórico cultural que envolve a mediação do conhecimento e também identificar a bagagem que o aluno tem e a partir daí trabalhar esses conceitos para que possa tornar significativo na medida em que é internalizado.

Conforme Toshi e Araujo são segundo a perspectiva histórico social, a mediação, que possibilita a construção de conhecimentos por meio da interação com do aluno com objetos, com o professor, com outros alunos e com objetos, com a maquina. O objeto pode ser um computador e a escola é o espaço de intencionalidade no qual ocorre o processo de ensino e aprendizagem e a ascensão ao pensamento complexo e abstrato.


Heliene Moreira, Rosângela Crsitina e Vera Lucia

Os desafios das TIC’s na educação: O embate entre o paradigma tecnicista e o paradigma histórico-cultural nas praticas docentes.

Na busca de alterações das praticas didáticas convivemos hoje com o professor “PowerPoint” numa versão modernizada, tecnificada, da aula tradicional. Não inovam uma vez que a aula pode estar pronta, fechada, completa como o saber do professor tradicional. Existe também o aluno “corta-cola” que reproduz a escola tradicional na qual não analisa, não critica e não reconstrói o saber.
Todavia, não basta promover apenas o acesso ás maquinas. Há outros fatores que configuram inovações dos processos educativos escolares. Mudar essa tradição conteúdista e de analise simplista do ato educativo é inovar a nossa tradição pedagógica.
Já a perspectiva histórico-cultural prioriza a mediação que possibilita a construção de conhecimentos por meio da interação do aluno com objetos, com o professor, com outros alunos e com a maquina. Há uma intencionalidade no processo de ensino e aprendizagem e a ascensão ao pensamento complexo e abstrato (TOSCHI, 2007).
Assim, contra uma idéia tecnicista, mecânica e linear sobre o uso das TIC’s é preciso que professores e alunos elaborem e transforme idéias, sentimentos, atitudes, e valores, utilizando articuladamente múltiplas mídias. Hoje a escola tem que ser capaz de fazer um uso criativo e critico das TIC’s.
Referências:
TOSCHI, Mirza Seabra. Didática e tecnologia de informação e Comunicação. Didática e Interfaces-GO: Descubra, 2007.

Goiânia, 26 de Fevereiro de 2011
Alunos: Carla Coelho, Daniela Novaes, José Rocha e Fabiano Freitas.


Sobre: “O papel do professor como consumidor crítico das TICs na dinamização do processo de ensino-aprendizagem”.

O campo educacional vive um processo de reformulação favorecido pela incorporação de tecnologias de informação, como ensino à distância e metodologias de educação continuada, em que se destacam a descentralização e a individualização do processo ensino-aprendizagem. Mas esse processo precisa ser aceito, entendido e só então sua utilização é viabilizada. Um bom exemplo de que não basta ter acesso às novas tecnologias, mas aprender a usá-las pedagogicamente, é o caso das escolas francesas na década de 80. Apesar dos vultuosos recursos, das escolas equipadas e dos professores formados, os programas fracassaram. Ao procurar a imagem da modernização, o governo não obteve nada além de imagens, não houve a condução de um projeto político em que se analisassem as transformações em andamento e os novos modos de constituição e transmissão do saber (Lévy, 1993).
O professor consumidor crítico das TICs deve considerar que no contexto atual do capitalismo, o campo educacional aparece como uma nova fatia de mercado promissora. Muitas tecnologias, mesmo fundamentadas em teorias psicopedagógicas inovadoras (como construtivismo, sociointeracionismo e interculturalismo), não conseguem romper tendências enraizadas na instituição escolar. A questão fundamental não estaria tanto na modalidade do ensino oferecido-se em presença ou à distância, mas, sobretudo na capacidade de os sistemas ensinantes inovarem quanto aos conteúdos e às metodologias de ensino, de inventarem novas soluções para os problemas antigos e também para aqueles problemas novíssimos gerados pelo avanço técnico nos processos de informação e comunicação, especialmente aqueles relacionados com as novas formas de aprender (BELLONI, 2002).
Trata-se então de transcender a usual abordagem instrumental das tecnologias de informação no processo de ensino-aprendizagem (mediações tecnologia-professor-aluno) para os processos institucionais de pesquisa, métodos de investigação, ensino, formação de redes e gestão. Essa perspectiva acrescenta outras possibilidades à forma de pensar a modelagem dos conteúdos educacionais, tradicionalmente limitados a cada escola, disciplina ou curso, segundo linhas programáticas departamentais, expertise de professores e pesquisadores.
Um exemplo interessante do uso de tecnologia na mediação do processo de ensino-aprendizagem foi o uso do correio eletrônico na Universidade Federal do Ceará. O correio eletrônico, que é uma aplicação popular da Internet, é um incentivo para os professores integrarem esse recurso tecnológico em suas disciplinas, e pode ser utilizado como uma técnica para aprimoramento do ensino-aprendizagem. Algumas disciplinas de cursos de graduação e de mestrado da Universidade Federal do Ceará vêm contemplando os alunos matriculados com a utilização do correio eletrônico, com o propósito de melhorar o intercâmbio das informações entre os alunos e entre estes e os professores. Em sua pesquisa, Nascimento e Trompiere Filho (2002) avaliaram a opinião dos alunos sobre o uso do correio eletrônico e o sucesso instrucional proporcionado pela sua utilização. Aplicaram um instrumento, contendo duas escalas de opinião, em uma amostra aleatória de 123 alunos de disciplinas que usam o correio eletrônico. Observou-se que, apesar da ocorrência de o grau de concordância com a utilização do correio eletrônico como recurso didático ter sido baixo (27,6% dos entrevistados), por outro lado, 72,5% dos respondentes apresentaram alto nível de concordância acerca do efeito desse tipo de técnica sobre o sucesso na aprendizagem e na melhoria da troca de experiências entre os alunos e entre estes e os professores. Em relação aos benefícios, verificou-se a ocorrência de redução nas atividades burocráticas em sala de aula, realização de chamadas, organização de grupos de trabalho, entre outras atividades.
Diante dos aspectos discutidos no decorrer da disciplina Novas Tecnologias da Informação e Comunicação e o Ensino Superior, dos textos trabalhados e dos artigos pesquisados, evidenciou-se que não basta aos professores e aos alunos ter acesso às novas tecnologias, mas que enfoque deve ser a utilização pedagógica destas na mediação da produção do conhecimento.    



BELLONI M. L. Ensaio sobre a educação à distância no Brasil. Educação & Sociedade, Campinas, v. 78, p. 117-142, 2002.

LÉVY P. As tecnologias da inteligência – o futuro do pensamento na era da informática. São Paulo: Editora 34, 1993.

NASCIMENTO, R B do; TROMPIERI FILLHO, N. Correio eletrônico como recurso didático no ensino superior: o caso da Universidade Federal do Ceará. Ciência da Informação, Brasília, v.31, n.2, p. 86-97, 2002.
Mara Lina
Walma Rabelo
Ludmilla Cintra
Ludmilla Rabelo

O Plano nacional de educação e as tecnologias da informação e comunicação

Caros colegas,

Segue o link de um artigo publicado recentemente na revista Educação & Sociedade com o título O Plano nacional de educação e as tecnologias da informação e comunicação. Deem uma lida para entenderem a tendencia de uso das tecnologias nos proximos dois anos.

http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-73302010000300016&lng=pt&nrm=iso

Boa leitura e reflitam!

Mara Lina
Ludmilla Rabelo
Ludmilla Cintra
Walma Rabelo

CONFLITOS DE GERAÇÕES

CONFLITOS DE GERAÇÕES


Os desencontros que surgem entre o uso das tecnologias de informação e comunicação surgem por diversos fatores, sejam eles sociais, políticos/ profissionais ou até por opção das partes.
Em geral, podemos destacar como fatores sociais, a formação diferenciada que teve o docente em relação à formação do discente, foram universos (sociais) totalmente diferenciados, onde a prioridade de cada época também eram e são totalmente diferentes. Como fatores políticos/profissionais , destaco a empregabilidade existente nos dias atuais, onde não há estabilidade no emprego, nem a disposição das empresas de manter um funcionário de carreira, o que deixa o docente temeroso quanto ao seu ganha-pão, enquanto o discente já está se formando com essa nova perspectiva e sabendo se adequar e até aproveitar-se dessas oportunidades, mudando de área, emprego, tarefa, conforme a necessidade, percebida por esse discente, do mercado de trabalho. Os fatores opcionais de cada parte partem do fato de que para o docente é mais prático sistematizar seu trabalho, chegando a um padrão ideal (para ele), onde ele precise somente replicar essa prática/aula, possibilitando a ele uma interação com sua família, com suas ambições profissionais (mestrados, doutorados, pesquisas), até um tempo para socialização e entretenimento.
Para o discente, que normalmente não tem esposa, nem filhos; sua família, a esse ponto, está em outro plano de prioridade, e que a formação profissional é sua prioridade maior, sua ênfase está na dedicação ao estudo e capacitação profissional, onde ele precisa e usa todos os mecanismos disponíveis para atingir essa meta.
O ideal seria que o docente estivesse à frente do discente, em todas as áreas, tanto do conhecimento, quanto da utilização dos melhores mecanismos, porém, pelos fatores citados acima (e de muitas outras particularidades que são inerentes a cada indivíduo), o que acontece na atualidade é que o docente se prende no seu conhecimento, valorizando-o (e até desprezando o discente), como forma de tentar manter o controle, pois ele não acompanha o desenvolvimento tecnológico que a juventude está inserida e que utiliza com toda naturalidade.
Com isso aulas tediosas são armas utilizadas por muitos docentes para manterem seus empregos (e até sua hierarquia), o que além de não contribuir em nada com o desenvolvimento pleno do aluno, até o desencoraja e atrapalha, quando este encontra um mercado de trabalho diferente do qual o docente enfrentou, onde o discente encontra uma concorrência imensamente capacitada, onde as empresas escolhem os mais diferenciados, podendo, além de escolher melhor pela quantidade, oferecer menores salários, sem nenhuma estabilidade nem condição de seguir carreira, ou seja, enquanto o funcionário for útil, ele está empregado, quando não for mais (ou se tornar mais caro que um novo) ele simplesmente perde seu emprego.  
Apesar das novas tecnologias e o fato dos alunos apresentarem maior domínio das tecnologias que os professores; cabe ainda ao professor o papel de dirigente do processo ensino aprendizagem. A atualização docente, o diálogo e a ligação afetiva entre professor e aluno é a principal ferramenta para uma efetiva e significativa aprendizagem.



Jacques e Maurício

As práticas docentes e as TICs

Na contemporaneidade as TICs vem promovendo uma grande influencia no mundo e a escola sendo uma instituição  social não se isenta dessa influencia.
Nesse sentido,  os docentes impregnados por uma formação positivista, sentem-se resistentes a romper um conceito tecnicista, que esta arraigado em suas praticas. Segundo, Libaneo (2007,p.105),  “professores e pedagogos tendem a resistir a inovação tecnológica, e expressam dificuldade em assumir, teórica e praticamente disposição favorável a uma formação tecnológica.”
No entanto, o docente deve inovar sua pratica, de maneira a promover uma aprendizagem significativa, desenvolvendo, desse modo, um pensamento critico  e autônomo tanto do professor–aluno e aluno-professor, num trabalho permeado pela mediação, numa perspectiva sócio-cultural  que desconsidera as ações mecânicas e promove o aprender como processo.
Nesse sentido, as contribuições das  TICs são de “democratizar” os saberes, por meio do favorecimento de novas praticas educativas, uma vez que o aprendizado é construído de maneira interativa. Sendo assim, “é preciso que professores e alunos elaborem e transformem idéias, sentimentos, atitudes, valores, utilizando articuladamente múltiplas mídias[...]”  (LIBANEO, 2007,p.106).
Enfim, o que determina a educação é “entender o mundo, compreender a realidade e transformá-la” (LIBANEO,2007, p.103), de maneira que é impossível desconhecer a importância das TICs, no trabalho docente.

Ana Cláudia, Eliete e Eni.


O paradigma tecnicista e o paradigma histórico-cultural: a educação em tempos de tecnologia

As discussões em torno da relação professor e o uso das novas tecnologias em ambiente escolar não são novas, tampouco, se encerrarão com este texto. Contudo, acredito ser importante (re)pensar essa relação numa perspectiva de formação de professores, ou ainda, que papel este professor tem ocupado em um mundo tão tecnológico, moderno, dinâmico e informacional?
Na verdade, numa perspectiva de educação alicerçada em princípios histórico-culturais, ou para além da famosa escola tradicional, o professor ocupa, ou pelo menos deveria, ocupar um lugar de mediador, possibilitador, facilitador da construção dos conhecimentos feitos pelos próprios alunos, assim como de suas habilidades.
Pimenta, pondera que o fazer pedagógico do professor está indiscutivelmente imbricado da identidade deste e que esta é construída historicamente se transformando ao longo do tempo diante das novas demandas da sociedade.
Essas novas demandas da sociedade não se constituem apenas em tecnologias, como computadores conectados a redes sociais, televisão com transmissão digital, ou outros aparatos que nós, simples professores, nem imaginamos que existam. Vale lembrar, que o próprio texto escrito, aquele antigo usado desde os tempos mais remotos para comunicação entre pessoas, uma carta, por exemplo, ou um anúncio de jornal, sofreram grandes alterações no decorrer dos anos e seu uso dentro da escola também. No entanto, ainda há professores que criam textos com o único intuito de alfabetizar seus alunos: “Bia viu a bola. A bola de Bia é bela.” E blá, blá, blá, blá... Ora, o uso crítico e criativo dos meios audiovisuais e das tecnologias informáticas, passam por aqui também. Assim, as discussões precisam ser feitas a nível de formação/concepção do fazer do professor.
Vasconcellos reitera que o professor parece ter se perdido no tempo, “se esqueceu, negligenciou ou descomprometeu-se da necessidade indispensável de atualizar-se constantemente”. O que está posta nesta situação é simples: como o professor, uma das profissões mais antigas do mundo, vai conviver com um mundo que a cada minuto se disfaz e se refaz? O professor jamais conseguirá se atualizar, ou mesmo, conhecer de forma tão rápida as informações que circulam no mundo hoje. Contudo, ele pode se perceber neste mundo como um agente mediático, sujeito pensante e que não é mais o centro da aprendizagem. O foco da educação agora é outro: o aluno é que o agente de sua própria formação e é capaz de aprender sozinho, sem esse professor.
Não se trata, porém, de imaginar a escola formal, sem a figura do professor, sendo este substituído pelas novas TIC’s. O professor continua sendo parte do processo de ensino aprendizagem, mas em um outro paradigma e que não pode jamais ser substituído por uma tecnologia de última geração, ou a mais obsoleta e ridícula delas: um DVD por exemplo.
Este professor precisa entender que informação deve ser transformada em conhecimento e para isso, o aluno necessita desenvolver habilidades cognitivas que as TIC’s, por si só não servem para nada. Necessitam da mediação crítica do professor. Chauí ilustra muito bem o papel do professor, quando o coloca em uma situação de fazer com o aluno e não para o aluno. Se este aluno, inserido em uma sociedade das redes sociais, que fica horas na internet tem informações rápidas do que aconteceu no oriente médio há segundos atrás, cabe ao professor interligar a informação do aluno com uma leitura crítica que só será feita conhecendo a história antiga daquele lugar. Vídeos, slides, ou outras ferramentas devem ser usadas na prática do professor para contribuir com a formação crítica de seu aluno.


Contudo,

"descaracterizar o sentido da aprendizagem escolar em decorrência da presença das inovações tecnológicas é obviamente um equívoco. O valor da aprendizagem escolar está, precisamente, em introduzir os alunos no significados da cultura e da ciência através de mediações cognitivas e interacionais que supõem a relação docente." Libâneo (p.105, 2007)



Por

LUCIANA FERREIRA MONTEIRO CORDEIRO
RICARDO NITEROI GALVÃO DE SOUZA
MARCO TULIO RAMOS COELHO

SALA DE AULA DO FUTURO


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